Presidente da CIPA Raquel Aparecida de Oliveira Silva. Palestrante psicanalista Victor Lanes Pires. Palestrante psicólogo Máximo Barbosa da Silva. Palestrante fisioterapeuta Ana Caroline Gazolla. Palestrante Bombeiro Civil Ângelo Tosta. Palestrante médico ginecologista/obstetra Marco Aurélio. O provedor José Roberto acompanhou a palestra de encerramento da 20ª SIPAT. Um grande público se fez presente todos os dias. A equipe da CIPA, organizadora do evento, com apoio dos técnicos de Segurança de Trabalho do Hospital, e o provedor da Instituição José Roberto Furtado no encerramento da 20ª SIPAT, com sorteio de brindes aos participantes.
A 20ª SIPAT aconteceu no período de 20 a 24 deste mês, sendo realizada no auditório do Hospital de Cataguases, uma área ampla e arejada, localizada no 13º andar da instituição. O evento foi organizado e realizado pela CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes de trabalho, com o apoio da equipe técnica de Segurança do Trabalho e da direção do Hospital de Cataguases.
O primeiro palestrante, na segunda-feira, dia 20, foi o psicanalista Victor Lanes Pires, que abordou o tema “Como lidar com a ansiedade na pandemia”.
Victor Lanes Pires disse que esta situação é uma das que mais preocupa os profissionais da medicina de todo o país e do mundo, “pois afeta todo tipo de pessoa, desde o mais humilde ao mais abastado, das formas mais variadas. Por isso a importância de estarmos atentos ao comportamento das pessoas com as quais convivemos. Qualquer alteração do sistema nervoso deixa rastros na forma como a pessoa vive o seu dia a dia. Irritabilidade, tristeza, raiva, frustração, euforia desmedida, angústia e outras variações comportamentais podem ser sinais de Transtorno de Ansiedade ou Depressão, e precisam de acompanhamento especializado para evitar o aprofundamento desses sintomas e buscar alternativas para reverter a situação” explicou.
Na terça-feira, dia 21, a SIPAT teve como palestrante o psicólogo e superintendente geral do Hospital de Cataguases Maximo Barbosa da Silva. O tema abordado foi “Hospital de Cataguases – Nosso compromisso social”.
Maximo falou sobre a importância e a representatividade do hospital para Cataguases e toda a região, lembrando que a instituição, embora seja privada, está cadastrada junto ao SUS – Sistema Único de Saúde do governo federal e atende pacientes até mesmo de fora do estado de Minas Gerais. Lembrou do longo período com aumento diário de novos casos de pessoas contaminadas, com o hospital trabalhando acima do limite inicialmente estabelecido para o atendimento a esses pacientes, gerando momentos de elevada tensão, cansaço, depressão, ansiedade, um período muito difícil desta pandemia, que ainda não acabou, o que demonstra a internação de novos pacientes contaminados praticamente todos os dias. Por isso mesmo, ressaltou “é necessário que prossigam com as medidas de prevenção, proporcionando maior segurança para todos os que aqui trabalham ou são atendidos”.
Maximo destacou ainda a necessidade da motivação de cada um no desempenho de suas funções para que, no conjunto, a qualidade dos serviços prestados pelo hospital seja cada vez melhor. “Nós somos uma instituição com mais de 450 funcionários, onde todos têm a sua importância e precisam estar conscientes disso. Somos uma empresa que transmite confiabilidade e segurança aos seus funcionários, mantendo a sua remuneração em dia, transmite respeito e esperança aos nossos clientes/pacientes e aos nossos fornecedores. Geramos renda para o nosso comércio mesmo nos momentos mais agudos da pandemia, pois não paramos em momento nenhum”, afirmou. Destacou que o Hospital de Cataguases é um gigante na região, pela sua capacidade e qualidade no atendimento a todos que precisam dos seus serviços. Reafirmou que “nossos planos são de melhoria na estrutura física, ampliação dos serviços prestados e formalização de parcerias que visem ampliar nossa capacidade de atendimento hospitalar, bem como de parcerias e convênios que possam beneficiar diretamente a todos os nossos funcionários e atendidos. São propostas e projetos já elaborados e que devem estar sendo viabilizados o mais brevemente possível, tornando nossa instituição ainda mais importante, não apenas pelos serviços prestados, mas também pela sua destacada contribuição na área social, pelos empregos que gera direta e indiretamente, impactando na melhoria da qualidade de vida de centenas de famílias”, enfatizou Maximo.
Na quarta-feira o tema abordado foi “Ergonomia no Trabalho”, tendo como palestrante a fisioterapeuta e pós-graduanda em Fisioterapia Respiratória Ana Caroline Gazolla.
Ela falou sobre a importância da ergonomia nas nossas atividades rotineiras, não apenas no trabalho, mas também, em qualquer atividade de mobilidade corporal. Informou que, segundo a revista da Associação Brasileira de Ergonomia, esta é uma disciplina científica que trata da compreensão das interações entre os seres humanos e outros elementos ou sistemas, e que, na profissão, há aplicações e teorias, princípios, dados e métodos, projetos que visam otimizar o bem estar humano. Com a Ergonomia objetiva-se a maior produtividade de força física e intelectual do corpo humano, buscando reduzir ao máximo sua exposição a ações que possam resultar em lesões de qualquer natureza. A Ergonomia busca encontrar a forma correta da postura corporal, seja no trabalho, nas atividades caseiras ou no lazer, para evitar danos, principalmente nas articulações.
A fisioterapeuta abordou a multiplicação, nos últimos anos, da LER – Lesão por Esforço Repetitivo e dos Distúrbios Osteomoleculares, relacionados ao trabalho, mas que também podem acontecer com a realização de outras atividades cotidianas. “A forma correta de posicionar o corpo para a realização de qualquer atividade ajuda a evitar que lesões aconteçam, às vezes, micro lesões que, se não forem detectadas e tratadas a tempo, podem se transformas em problemas graves com o passar dos anos”, salientou Caroline.
Na quinta-feira a Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho teve a presença do Bombeiro Civil Ângelo Tosta abordando o tema “Primeiros Socorros”.
Ele destacou a importância de se estar preparado para agir em caso de acidente ou emergência. Explicou o passo a passo dos primeiros socorros a serem realizados, que podem ser fundamentais para salvar uma vida. Ângelo lembrou que a principal preocupação deve ser com os cuidados iniciais a uma pessoa desacordada. “Em situações dessa natureza, os procedimentos imediatos, quando feitos de maneira correta, podem aumentar em até mais de 80% as chances de sobrevivência de alguém que sofra uma parada cardiorrespiratória”, informou, ressaltando que, enquanto estão sendo realizados os passos iniciais, uma ambulância já deve ter sido chamada e estar a caminho.
O Bombeiro Civil explicou e demonstrou, com a utilização de um boneco e com a participação de voluntários, os procedimentos de desobstrução das vias aéreas em crianças, adolescentes e adultos. Também abordou situações de atendimentos a acidentados e pessoas desacordadas, a forma correta de aproximação e avaliação das condições em que a pessoa se encontra, ressaltando sempre a necessidade de extremo cuidado na abordagem à vítima para não piorar a situação. Ele destacou que “a prestação de socorro a vítimas de acidentes, que estejam inconscientes, deve ser feita por pessoas que tenham conhecimento sobre como fazer o atendimento inicial, sem que se corra o risco de aumentar os danos já sofridos. Qualquer movimento realizado no corpo da vítima, sem os cuidados necessários, pode resultar em danos nas articulações cervical e lombar, ou mesmo a órgãos internos em casos de fratura de costelas”, explicou Ângelo. Disse ainda que, mesmo no caso em que a pessoa esteja consciente, em caso de acidente ou queda, a abordagem deve ser cuidadosa, conversando e buscando acalmar a pessoa, obtendo o máximo de informações sobre o que e como ela está se sentindo. “Em qualquer situação evite mover a vítima e caso tenha o conhecimento necessário para realizar o atendimento inicial, peça a quem estiver mais próximo para chamar imediatamente o SAMU (192) ou faça você mesmo o contato informando as condições que a vítima aparenta e o local onde está”, enfatizou o Bombeiro Civil.
Ângelo Tosta terminou sua palestra com a demonstração da técnica de reanimação de pessoas, quando a vítima não responde a estímulos verbais e mecânicos e não respira. “Nessa situação ela pode estar em dois estados que representam ameaça iminente à vida: parada respiratória ou parada cardiorrespiratória. Aí deve ser aplicada a técnica de reanimação até que chegue um atendimento médico especializado”. Ele explicou como fazer esses procedimentos, posicionando as mãos entrelaçadas no centro do tórax, exatamente entre os mamilos, em cima do coração. “Fique com o seu corpo diretamente por cima das mãos, para que seus braços estejam retos e firmes e pressione a região onde estão posicionadas as mãos de forma vigorosa, utilizando o peso do corpo como apoio, numa frequência de 15 compressões e uma nova avaliação. Repita o movimento até o coração voltar a bater ou mantenha a massagem cardíaca até a chegada de ajuda especializada. Assim que a ajuda profissional chegar, você deve deixar o caminho livre para a equipe agir”, finalizou.
A 20ª SIPAT foi encerrada na sexta-feira, dia 24, com a palestra do médico ginecologista e obstetra Marco Aurélio de Miranda Mesquita, tendo como tema “DST – Doenças sexualmente transmissíveis”. Ele explicou a necessidade de entender que as DSTs podem ter origem tanto em bactérias quanto em vírus.
Entre as DSTs de origem bacteriana ele citou como exemplos a clamídia, gonorreia e sífilis. Já das doenças dessa natureza com origem viral ele exemplificou com a Herpes, HPV e HIV
Em sua dissertação sobre a gonorreia, disse que os sinais e sintomas da infecção pela bactéria Neisseria gonorrhoeae podem variar de acordo com o tipo de relação sexual desprotegida, ou seja, se foi oral, anal ou com penetração, sendo os sintomas mais frequentemente observados os seguintes: dor ou ardor ao urinar; incontinência urinária; corrimento branco-amarelado, semelhante ao pus; inflamação das glândulas de Bartholin, que ficam nas laterais da vagina e são responsáveis pela lubrificação da mulher; uretrite aguda, que é mais comum de acontecer nos homens; vontade frequente para urinar; dor de garganta e comprometimento da voz, quando há relação íntima oral; inflamação do ânus, quando há relação íntima anal.
No caso das mulheres, quando a gonorreia não é identificada e tratada corretamente, há aumento do risco de desenvolvimento de doença inflamatória pélvica, gravidez ectópica e esterilidade, além de também haver aumento da chance da bactéria espalhar-se através da corrente sanguínea e levar à dores na articulação, febre e aparecimento de lesões nas extremidades do corpo.
Nos homens a ocorrência de complicações é menos frequente, isso porque na grande maioria das vezes são sintomáticos, o que faz com que a identificação e início do tratamento da gonorreia seja mais rápido e fácil.
No entanto, quando o tratamento não é feito de acordo com a orientação do urologista, podem surgir complicações como incontinência urinária, sensação de peso na região do pênis e infertilidade.
Sobre a sífilis explicou que é uma infecção causada pela bactéria Treponema pallidum que, na maior parte dos casos, é transmitida através da relação sexual sem proteção. Os primeiros sintomas são feridas indolores no pênis, no ânus ou na vulva, que surge após o contato direto com a ferida de sífilis de outra pessoa e que, se não forem tratadas, desaparecem espontaneamente e retornam depois de semanas, meses ou anos nas suas formas secundária ou terciária, que são mais graves.
A sífilis tem cura e o seu tratamento é feito através de injeções de penicilina, orientadas pelo médico de acordo com a fase da doença em que o paciente se encontra.
No entanto, os sintomas têm tendência a ir evoluindo, variando de acordo com a fase da infecção:
1. Sífilis primária
A sífilis primária é o estágio inicial da doença, que surge cerca de 3 semanas após o contato com a bactéria responsável pela doença, o Treponema pallidum. Essa fase é caracterizada pelo aparecimento do cancro duro, que corresponde a uma pequena ferida ou caroço que não dói ou causa desconforto, e que desaparece após cerca de 4 a 5 semanas, sem deixar cicatrizes.
Nos homens, essas feridas geralmente aparecem em volta do prepúcio, enquanto nas mulheres elas surgem nos pequenos lábios e na parede vaginal. Também é comum o aparecimento dessa ferida no ânus, na boca, na língua, nas mamas e nos dedos das mãos. Neste período, também podem surgir ínguas na virilha ou próximo à região afetada.
2. Sífilis secundária
Após o desaparecimento das lesões do cancro duro, que é um período de inatividade pode durar de seis a oito semanas, a doença poderá entrar novamente em atividade caso não seja identificada e tratada. Desta vez, o comprometimento ocorrerá na pele e nos órgãos internos, já que a bactéria foi capaz de multiplicar e se espalhar para outros locais do corpo por meio da corrente sanguínea.
As novas lesões são caracterizadas como manchas rosadas ou pequenos caroços acastanhados que surgem na pele, na boca, no nariz, nas palmas das mãos e nas plantas dos pés, podendo haver algumas vezes também descamação intensa da pele. Outros sintomas que podem surgir são: ínguas em todo o corpo, mas principalmente na região genital; dor de cabeça; dor muscular; dor de garganta; mal estar; febre leve, geralmente abaixo de 38ºC; falta de apetite; perda de peso.
Essa fase continua durante os dois primeiros anos da doença, e surge em forma de surtos que regridem normalmente, mas que passam a ser cada vez mais duradouros.
3. Sífilis terciária
A sífilis terciária aparece em pessoas que não conseguiram combater espontaneamente a doença na sua fase secundária ou que não fizeram o tratamento adequado. Neste estágio, a sífilis é caracterizada por: Lesões maiores na pele, boca e nariz; problemas em órgãos internos: coração, nervos, ossos, músculos, fígado e vasos sanguíneos; dor de cabeça constante; náuseas e vômitos frequentes; rigidez do pescoço, com dificuldade para movimentar a cabeça; convulsões; perda auditiva; vertigem, insônia e AVC; reflexos exagerados e pupilas dilatadas; delírios, alucinações, diminuição da memória recente, da capacidade de orientação, de realizar cálculos matemáticos simples e de falar quando há paresia geral.
Esses sintomas costumam surgir depois de 10 a 30 anos da infecção inicial, e quando o indivíduo não é tratado.
Por isso, para evitar complicações em outros órgãos do corpo, deve-se fazer o tratamento logo após o surgimento dos primeiros sintomas da sífilis.
Com relação à clamídia o Dr. Marco Aurélio explicou que esta é uma infecção bacteriana sexualmente transmissível (IST) que pode provocar sintomas como corrimento vaginal alterado e queimação ao urinar.
Também conhecida como cancro duro, normalmente aparece cerca de 10 a 20 dias após o contato com a bactéria, que acontece através de relação sexual anal, oral ou com penetração sem camisinha. Assim, o cancro duro pode aparecer na boca, no ânus, no pênis ou na vagina de acordo com a forma em que houve o contágio e pode ser identificado através das seguintes características: pequeno caroço rosado que pode evoluir para úlcera; bordas elevadas e endurecidas; centro da lesão mais claro; pode estar coberto por secreção transparente; O caroço não dói, coça ou causa desconforto.
Nos homens, o cancro duro pode ser identificado mais facilmente, pois na maioria das vezes aparece no pênis, no entanto no caso das mulheres a identificação do cancro duro é mais difícil, pois costuma aparecer nos pequenos lábios e na parede da vagina. Além disso, a identificação do cancro duro é dificultada pelo fato de desaparecer naturalmente após 4 a 5 semanas, sem deixar cicatrizes ou levar ao aparecimento de outros sinais ou sintomas. No entanto, o desaparecimento do cancro duro não é sinal de cura da doença, mas sim de que a bactéria está se espalhando pelo organismo e que pode levar ao aparecimento de outros sintomas à medida que se desenvolve.
Pelo fato de não doer ou causar desconforto o cancro duro é, na maioria das vezes, identificado durante exames ginecológicos ou urológicos de rotina, em que durante o exame físico o médico identifica a presença de um pequeno caroço rosado ou de úlcera vermelha na região genital.
Para confirmar que se trata do cancro duro, o médico pode realizar uma raspagem da ferida para avaliar a presença da bactéria no local ou solicitar a realização do exame para sífilis, que é conhecido como VDRL, que indica se há ou não infecção por Treponema pallidum e em que concentração da bactéria está presente no organismo.
O tratamento para o cancro duro é feito com injeções de Penicilina, cuja dose e duração deve ser recomendado pelo médico de acordo com o resultado dos exames. É importante que durante e após o tratamento a pessoa realize o exame para sífilis para que se saiba se o tratamento está sendo eficaz.
Para prevenir o aparecimento do cancro duro é preciso diminuir o risco de contato com a bactéria Treponema pallidum e, para isso, é importante que seja utilizado preservativo durantes as relações sexuais, mesmo que não exista penetração. Isso porque o cancro duro é altamente contagioso e, assim, a bactéria pode ser facilmente transmitida de uma pessoa para outra.
Na sequência da explanação o Dr. Marco Aurélio abordou as principais doenças virais que preocupam toda a comunidade médico/científica em todas as partes do mundo (Herpes, HPV e HIV).
Herpes
Transmitido pela relação sexual com uma pessoa infectada, o vírus do herpes causa pequenas bolhas e lesões dolorosas na região genital masculina e feminina.
As feridas podem acompanhar ardor, coceira, dor ao urinar e mesmo febre, e os sintomas podem reaparecer ou se prolongar quando a imunidade está baixa.
O Dr. Marco Aurélio destacou que “o herpes não tem cura. A partir do momento que você tem uma infecção, você ter vários episódios ao longo da vida. A única forma de prevenção é o preservativo”
Além do incômodo causado pelas lesões, o herpes pode facilitar a entrada das outras doenças sexualmente transmissíveis.
Os portadores do vírus devem ter cuidado redobrado para evitar a transmissão, o que ocorre, principalmente, quando as feridas estão presentes, mas pode também ocorrer na ausência das lesões ou quando elas já estão cicatrizadas.
A doença pode ter consequências graves durante a gravidez, podendo provocar aborto e trazer sérios riscos para o bebê.
HPV
O Papilomavírus Humano existe com mais de 200 variações e se manifesta por meio de formações verrugosas – que podem aparecer no pênis, vulva, vagina, ânus, colo do útero, boca ou garganta.
O sexo é a principal forma de transmissão do HPV, seja pelo coito ou pelo sexo oral.
O HPV é uma preocupação grave de saúde pública pelo potencial de alguns tipos do vírus causarem câncer, principalmente no colo do útero e no ânus, mas também na boca e na garganta, que vêm aumentando entre os jovens.
O vírus pode ficar latente por períodos prolongados sem que haja sintomas, e é difícil erradicar a infecção por completo.
Por isso, especialistas recomendam que mulheres em idade reprodutiva façam exames preventivos anuais no colo do útero para monitorar o aparecimento de possíveis lesões que antecedem o câncer e que podem ser tratadas.
De acordo com os dados do Ministério da Saúde, menos de 60% dos jovens brasileiros usam camisinha com parceiros eventuais
O Instituto Nacional de Infectologia estendeu a recomendação a homens que fazem sexo anal desprotegido, que devem também fazer exames preventivos na região anal e no reto.
Há cerca de 4 anos, o Ministério da Saúde anunciou que a vacina quadrivalente, que protege contra quatro tipos de HPV, passaria a ser oferecida também para meninos, na faixa de 12 a 13 anos. Até então, a vacina só era disponibilizada para meninas de 9 a 13 anos.
HIV/Aids
O vírus da imunodeficiência humana é o causador da Aids, que ataca o sistema imunológico e derruba o sistema de defesa do organismo.
No Brasil, a epidemia de HIV/Aids é considerada estabilizada, mas, nos últimos anos, vem avançando entre os mais jovens.
Na última década, o índice de contágio mais que dobrou entre jovens de 15 a 19 anos, passando de 2,8 casos por 100 mil habitantes para 5,8 casos.
Também aumentou na faixa etária entre 20 a 24 anos, chegando a 21,8 casos a cada 100 mil habitantes.
Esses números mostram que nossa população jovem está mais vulnerável ao HIV e precisa acessar mais conhecimento e os serviços de saúde para se testar. Como a nova geração não assistiu à epidemia quando o HIV ainda não tinha tratamento, é possível que não tenha uma percepção sobre a gravidade do HIV, o que aumenta nossa responsabilidade de informar sobre riscos e prevenção.
Atualmente, quase 900 mil pessoas vivem com o HIV no país, e aproximadamente 130 mil brasileiros têm o vírus, mas não o sabem.
O tratamento contínuo ao HIV pode controlar a doença, garantir a sobrevida dos infectados e tornar o vírus indetectável (o que equivale a prevenir a transmissão com uma segurança de 96%). Mas não pode curá-la. O teste rápido costuma detectar a infecção cerca de 15 dias após o contágio.
As campanhas costumam focar no uso da camisinha como método de prevenção, mas é essencial conhecer também a proteção disponível para casos de relação de risco desprotegidas, a chamada profilaxia pós-exposição, ou PEP, um conjunto de medicamentos contra o HIV que devem ser ingeridos por 28 dias no período imediatamente após o possível contágio.
Se uma pessoa teve uma relação sexual desprotegida em que suspeite de risco para o HIV, ela deve procurar um serviço de saúde até no máximo 72 horas após a relação. Ou seja, se a camisinha rompeu ou deixou de ser usada, a pessoa pode buscar o atendimento numa emergência e o serviço é gratuito, e quanto mais cedo se inicia o tratamento dentro dessas 72 horas, maiores suas chances de eficácia.
Logo após a palestra do médico Marco Aurélio, a presidente da CIPA Raquel Aparecida de Oliveira Silva, falou de sua alegria com a realização do evento e do apoio recebido de todos os companheiros que integram a Comissão, bem como dos técnicos da Segurança do Trabalho, da direção do Hospital e de empresas parceiras.
Presente à palestra e a cerimônia de encerramento da 20ª SIPAT o provedor do Hospital de Cataguases José Roberto Furtado agradeceu aos integrantes da CIPA pela realização do evento, bem como aos palestrantes e ao grande número de funcionários que se fez presente acompanhando o dia a dia das palestras. “Estamos unidos em busca da superação de nossas dificuldades, dos grandes problemas que enfrentamos todos os dias, para oferecer sempre o melhor para as pessoas que que aqui trabalham e as que buscam os nossos serviços. E esta foi uma semana especial, um evento que não pudemos realizar no ano passado, mas que este ano se tornou possível, cumprindo todos os protocolos de segurança, com relação à higienização das mãos, distanciamento e uso de máscaras. Agradeço a todos que se envolveram direta e indiretamente na organização e realização deste evento, a esta eficiente equipe da CIPA e especialmente aos palestrantes, que nos trouxeram sua colaboração abordando temas essenciais na nossa vivência e convivência diária”.
Raquel encerrou a cerimônia agradecendo a todos pela realização da 20ª SIPAT, que, com o apoio de empresas parceiras, teve brindes para sorteio aos participantes em todos os dias de sua realização. Colaboraram para a organização e realização do evento todos os membros da CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho, a seguir relacionados: Raquel Aparecida de Oliveira Silva (presidente), Eugênio Prata Rocha (vice-presidente), Jordana Gonçalves Afonso (secretária), Dalylla Aparecida de Souza Machado (1ª tesoureira), Cássio Maia Silva (2º tesoureiro), Eduardo Roberto Santos (3º tesoureiro), Karina de Oliveira Magalhães, Bruna de Paula Nonato, Rafael Silvério Neto da Costa, Wesley Isaú, Fábio Freitas Rocha, Marco Antônio Isaú, Joana D’Arc Aparecida Máximo (membros titulares), Jéssica dos Santos Silva, Ademir José Hipólito, Cássia Máximo Borges e Luiz Carlos Gomes (suplentes). O evento também contou com o apoio dos técnicos de Segurança no Trabalho Juliana Evangelista Costa Coimbra, Lincoln Soares Barroso Filho e Lucas Antônio Vital de Oliveira.
Camilo Vória – Assessoria de Relações Públicas do Hospital de Cataguases.